domingo, 4 de setembro de 2011


Haiti
 
Não há guerra mais sofrida,
que a falta de comida,
e ver uma nação adoentada
no direito de querer
completamente esfacelada.

Um país desanimado
a cultura reflete a mágoa.
E na garganta a secura
de não ter um copo d’água.
Um submundo doentio

Quanta criança já partiu
sem viver a bela infância
e do genitor a distância
que pra vida não sorriu.

As marcas do sofrimento
são memórias do tormento
de um povo fragilizado 
num país completamente acabado
pela terra estremecida.

E quanta gente partiu
sem se despedir da vida.
E o Brasil por lá perdeu
muita gente querida
cumprindo missão de paz
na reconstrução da vida

3 comentários:

  1. À CAROL...

    Agora sei por onde sua filha anda:
    anda nos braços da mãe-poesia,
    lá... no colo da vida que a geriu
    – não àquele só de carne –,
    mas o da alma que a envolve,
    no seio da sobre-vida
    e do abraço de bem que valida
    o calor fervente dos braços teus...

    Obs: desculpe se fui chegando sem me apresentar... Sou professor de Literatura de sua filha e, vendo essa edificação poética tangida na tecitura social hatiana, percebo onde foi forjada sua menina. Interessantíssima aluna, digo mais: promissora!!! Parabéns pelas duas poesias, a da facção da Carol e a bela representação da angustia dos desprotegidos...
    Foi um prazer!!!
    Ah! Espero que não leve a mau a ousadia de minha composição à Carol... Abraços!!!

    http://cronutopia.blogspot.com/

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  2. Olá Maria Isabel! Parabéns pelos poemas e, sobretudo, por circular pela internet conteúdos tão valiosos! Tenho muito orgulho de ter você e sua família como meus amigos!!!! Obrigada pelo envio do cartão, ele chegou hoje até mim! Abraços para vocês todos!!!

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