O ato
A paz perpassa caminhos
Como os pássaros dos ninhos
Que sabem que vão voar
Alcançar o voo dá liberdade
Pode levar uma eternidade
Um voo que custa caro
Pra quem mete o pé no barro
Não se prende, não se rende
Quando é hora de lutar
Sempre se cria um herói
Que a sociedade constrói
E os heróis que ficaram
Perdidos pelo caminho?
São os heróis dos espinhos,
Das pedras e do relento
Que não voltaram pro ninho
Pra cuidar dos seus rebentos.
Se ha paz e democracia
Graças a quem lutou um dia
Contra a ditadura e tirania
E seus atos de covardia.
Pra chegar a liberdade
Se sofreu atrocidade
E quem é de tenra idade
Não consegue imaginar
Que esse pais democrático
Já sangrou em pleno ato
O ato institucional
Que torturou e perseguiu
O sujeito que sumiu
Do exílio nacional
E até hoje não voltou
Pra gozar em liberdade
A paz da sociedade
Que do seu sangue emergiu.
Maria Isabel R. Ertel
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