Arquiteto da vida
O velho comunista
Era cheio de
imaginação
Conseguiu projetar
Brasília
Feito asas
de avião.
Era
arquiteto da vida
Do sonho e
do concreto
Dobrando o
ferro e aço
Subliminou
pelo espaço
Fez do
concreto armado
Um amigo um
aliado
A voar para
todo lado.
Nas obras do
seu projeto
Houve até
quem criticou
Mas as
colunas da Alvorada
O mundo
inteiro copiou.
Arquiteto da
fantasia
Imodesto em
demasia
Guardou em
sua gaveta
O projeto
monumental
Da Praça da
Cidadania.
Desenhou no
Belo Horizonte
A Pampulha
em curvilíneo
Não se
perdeu no passado.
Viveu o Presente
com fascínio.
No meio do
improviso
Fez tudo o
que era preciso
Sobre a
terra vazia
E cheia de
poeira
Nasciam de
sua prancheta
As ideias
que cobriam
A capital
brasileira.
Sabendo que
a vida era efêmera
Preferiu ser
ateu
E talvez
agora durma
Sobre a
arquitetura celestial
O arquiteto
de Brasília
De ideias
sem igual.
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